segunda-feira, 15 de abril de 2019

DIVAGAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS

Algumas idéias apresentadas na primeira parte do livro de
Roberto Lobato Corrêa “Região e organização espacial”.

O PENSAMENTO CIENTÍFICO DO SÉCULO XIX
A gênese da geografia moderna necessitou de uma série de condições históricas para poder objetivar-se, e as condições para esta “gestação” foram geradas no longo processo de transição do feudalismo para o capitalismo. O pressuposto mais fundamental da geografia moderna era o conhecimento efetivo de todo o planeta, isto é, que o “mundo conhecido” atingisse a total extensão do planeta. Idéias de cunho positivistas despertaram a preocupação com o controle sobre os recursos naturais, dos países comprometidos com o colonialismo, e levou sociedades geográficas a patrocinarem expedições a procura de novos recursos susceptíveis a exploração. Surgem grandes cientistas tal como Charles Darwin que sua obra origem das espécies fez com que o Racionalismo substituísse o Finalismo, e, influenciou Haeckel a estudar e a definir a ecologia, levando o Evolucionismo ao Organicismo e a crença no progresso contínuo dos homens (positivismo, anarquismo). Com isso fez-se surgir a idéia de que a seleção natural de Darwin justificasse a dominação dos estados mais fortes sobre os mais fracos. O capitalismo leva os países a uma grande desigualdade social, surgindo então pensamentos utópicos tentando definir uma sociedade mais justa porém sem mostrar como atingi-la. Surgem então Marx e Engels que explicam a dinâmica social de forma totalizadora e introduzem, entre outras coisas, que a natureza não se refaz de forma igual após ser explorada, apresentando novas características em relação à primitiva. Suas idéias são contestáveis porém já que eram homens de ação política e comprometidos com as estruturas econômicas e de poder de seu país.

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Organizada e estruturada em função das obras de Alexandre von Humboldt (vertente física) e de Carl Ritter (vertente humana), desabrochando na Alemanha e na França, pouco a pouco a Geografia foi-se difundindo para os demais países. As contribuições e as idéias apresentadas pelos geógrafos alemães e franceses tiveram grande influência no desenvolvimento dessa ciência na primeira metade do Século XX. Se na França os trabalhos básicos foram apresentados por Paul Vidal de Lablache, na Alemanha os trabalhos mais significativos são os de Alfred Hettner; que considerava como objetivo fundamental da Geografia o estudo da diferenciação regional da superfície terrestre. Esta definição foi acatada e elaborada de modo minucioso por Hartshorne, em 1939, em sua obra The Nature of Geography. Outra definição referia-se à análise das influências e interações entre o homem e o meio, que se expressou de modo claro na proposição de Albert Demangeon, em 1942: "é o estudo dos grupos humanos nas suas relações com o meio geográfico". Muito mencionada também é a definição elaborada por Emmanuel de Martonne, em sua obra Traité de Géographie Physique, cuja primeira edição surgiu em 1909 e a última em 1951. De Martonne ponderou que a "geografia moderna encara a distribuição à superfície do globo dos fenômenos físicos, biológicos e humanos, as causas dessa distribuição e as relações locais desses fenômenos". Embora houvesse consenso de que a superfície terrestre era o domínio específico do trabalho geográfico, essas definições e a prática da pesquisa geográfica conservavam contradições entre diferentes escolas geográficas. 


AS CORRENTES DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
Entre as correntes ou paradigmas mais evidentes do pensamento geográfico temos: o determinismo ambiental, o possibilismo, o método regional, a nova geografia e a geografia crítica, de onde se adota uma combinação de duas ou três das abordagens acima referidas para fundamentação de diferentes métodos de apreensão da realidade. Paralelo a tudo isso a geografia busca suas próprias raízes o entendimento da diferenciação de lugares, regiões países e continentes. Os conceitos de região e organização espacial estão vinculados ao conceito básico da geografia.

O DETERMINISMO AMBIENTAL
Fundamento a tese do determinismo ambiental - onde se estabelece que o meio exerce forte influência na determinação da evolução das características genéticas do homem - Lamark e Darwin desenvolveram suas teorias evolucionistas que influenciaram as ciências sociais da época. Ratzel foi um dos grandes pregadores do determinismo impulsionado pela necessidade da Alemanha justificar guerras de conquistas no século XIX. O termo região natural foi muito citado durante o determinismo e não se trata de divisões meramente climáticas ou políticas, mas sim de algo muito mais abrangente envolvendo fronteiras de ecossistemas, bacias hidrográficas e outros elementos integrados e inter relacionados. Na região, portando seria o melhor lugar para se estudar a relação homem natureza, formando uma concepção ambientalista. Aqui, em uma das instâncias, Hebertson, vê o clima como fator determinante sobre o Homem para justificar, ainda, formação de colônias, através de estudo de história da mesma raça em diferentes regiões climáticas.Esta conotação é mais branda que o determinismo puro e apenas busca justificativas tentando citar exemplos como os povos das florestas equatoriais, esquimós na Sibéria e tribos de índios diversas. Como outros exemplos de região natural, podemos citar no Brasil: norte, nordeste, leste, sul e centro-oeste; divididas ainda em zonas fisiográficas, caracterizadas por elementos de ordem humana e locais. 

O POSSIBILISMO
Surge na França em oposição ao determinismo alemão no início do séc. XX tendo como alguns de seu papel demarcar o expansionismo germânico, abolir qualquer forma de determinação da natureza sobre o homem e, também, enfatizar a fixidez das obras do homem. Temos em Vital de La Blache o principal articulador do possibilismo, aqui, a natureza foi colocada como fornecedora de possibilidades para que o homem a modificasse transformando o homem no principal agente geográfico e deixa claro que a região é o real objeto de estudo, enaltecendo também os conceito de paisagem. Aqui o objeto de estudo é claramente a região humana e não as regiões naturais, e qualquer região, uma vez delimitada pelo homem, seja qual o for o critério, é considerada como sendo região geográfica. O possibilismo acredita que o homem cria uma paisagem cultural e um gênero de vida, sendo portando região e paisagem conceitos equivalentes. As regiões podem ser determinadas até mesmo por paralelos imaginários, supondo portanto uma evolução dentro de um estágio de equilíbrio(espaço redefinível ), ao contrário do que propunha Vidal de La Blache.

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quinta-feira, 11 de abril de 2019

O ESPAÇO GEOGRÁFICO


     
O espaço é o objeto de estudo da geografia e pode ser estudado sob diferentes perspectivas, como por exemplo, REGIÃO, TERRITÓRIO, PAISAGEM, LUGAR, BACIA HIDROGRÁFICA, PAÍS, e cada um desses conceitos recebem formas diferentes de abordagem e de análise, conforme suas peculiaridades, dimensões, formas físicas, formas de ocupação, exploração, e possuem também regras de uso e legislação que devem ser observadas e respeitadas. Neste contexto, cada dimensão do espaço representa um entendimento específico deste, e é válido apenas em um limitado campo discursivo. Isto se aplica tanto no caso das interpretações de determinados grupos sociais, dos quais cada um se exprime em atividades específicas, formas culturais diferentes e linguagens diferenciadas, como para abordagens e interpretações entre a geografia física e humana. 
          A Geografia procura então demonstrar o espaço sobre a ótica de todas as suas vertentes de forma integrada e multidisciplinar. Assim, tomamos que o olhar através de uma determinada abordagem constrói um filtro que ressalta o que essa abordagem propõe, e no caso da paisagem, seja NATURAL ou CULTURAL exige uma filtragem mais ampla que foge até mesmo das questões geográficas mais clássicas necessitando interpretações científica, cultural, filosófica, política, entre outras, mostrando um caráter multidisciplinar no seu estudo. 
          Em muitos casos, o espaço geográfico deve ser encarado não apenas como um objeto de estudo, refletido e interpretado intelectualmente, mas como uma forma de vivência na sua plena positividade do cotidiano das pessoas, neste sentido, quem sabe perceber o espaço geográfico, consegue entender seu valor, perceber a importância do mesmo em sua vida, criar vínculo afetivo com o mesmo e, conseqüentemente, defender a sua perpetuação. Para que isso acorra, o indivíduo necessita estar de bem com vida, possuir uma educação que lhe permita meditar sobre sua existência e seu entorno, e precisa de uma atitude cultural e psicológica equilibrada numa sociedade de justiça social, ou a percepção do espaço se restringirá a um ambiente de exploração.
             Discutir essa pluralidade conceitual e cognitiva do espaço geográfico é sem dúvida um grande desafio. Para a esfera da Geografia física já se percebe uma grande mudança ao se focar a problemática do espaço natural levando em conta o homem, enquanto para a geografia humana as paisagens há muito tempo já são cheias de valores, relacionadas às culturas e aberto à múltiplas percepções.  

A IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA



POR QUE ESTUDAR GEOGRAFIA?

         Estudar geografia é fundamental para se compreender a dinâmica das paisagens, os lugares, as características regionais, o desenvolvimento urbano, a vida no campo e a sua relação com a cidade. É com ela que iniciamos nosso processo de alfabetização cartográfica  através da leitura de mapas gráficos e tabelas com as mais diversas temáticas como a cultural, política, ambiental e outras associadas à sua distribuição espacial, nos tornamos mais críticos e aumentamos nosso grau de cidadania ao assimilar os costumes e leis que regem sobre cada espaço. Passamos a entender as diferenças das mais diversas culturas e etnias distribuídas pelo mundo e como cada uma se instalou em cada lugar. Através da linha de pensamento de cada pesquisador ou geógrafo temos contato com diferentes abordagens que estudam como utilizar e transformar o espaço de forma sustentável, fazendo com que o homem possa viver respeitando o meio ambiente, coexistindo com outras espécies e explorando seus recursos de forma a impactar minimamente no meio em que vive e depende, criando assim, um estado de intimidade ambiental, pois é pela geografia que o homem faz o reconhecimento de si diante do que o circunda e da sua função como elemento da paisagem e ser social.
       No Brasil, o estudo da geografia é obrigatório para os alunos do ensino fundamental e médio, devendo ser oferecido por todas as escolas e em todos os níveis da educação básica. 

Raul Alfredo Schier

GEOPOLÍTICA



É a relação entre as políticas locais, regionais e internacinais adotadas pelos diversos grupos de poder que atuam em todos os níveis e os conflitos e discordâncias que elas podem gerar. Entidades locais (Governos),  regionais (OTAN, OEA, etc.) e internacionais (ONU, OMC), através de seus representantes políticos atuam na solução e mediação desses conflitos. 

Utilizar o mapa abaixo para atividade em sala de aula:



















A Tabela abaixo foi elaborada a partir de sites confiáveis da internet.
(Solicitar que o aluno atualize a mesma com dados recentes).



FORMAS DO RELEVO

O relevo é formado por processos endógenos (vulcanismos, terremotos, maremotos, epirogêneses, etc) e exógenos (ventos, intemperismo, vegetação, etc) e suas formas são estudas pela ciência conhecida como GEOMORFOLOGIA. Basicamente, estudamos nas séries iniciais as seguintes formas: PLANÍCIES, DEPRESSÕES, PLANALTOS e MONTANHAS. A partir dessas formações diversas outras se conjugam podendo formar vales, grabens, falésias, chapadas, encostas, morros, falhas, serras, dobras, horsts, fiordes, tômbolos, restingas, ilhas, penínsulas e outros, sendo que algumas delas são formas próprias com complexos processos geomorfológicos. Não existe na geografia um consenso absoluto em relação aos conceitos acima, diversos autores ensaiam suas diferentes percepções como Jurandir Ross e Naziz Ab'Sáber. Outros conceitos específicos e muitos, até sem embasamento científico, podem ser encontrados nos mais diversos volumes da legislação ambiental brasileira onde as definições são importantes para o reconhecimento, interpretação e análise do espaço geográfico. Ex, Código Florestal Brasileiro e SNUC (ver legislação ambiental a respeito). Na legislação pode-se encontrar normas como o que diz o Código Florestal Brasileiro sobre reserva legal, a que distância de um rio um agricultor pode plantar, o que é uma APP, RPPN, APA, etc.

IMAGENS SOBRE AS FORMAS DO RELEVO:

CERRADO A SAVANA BRASILEIRA









O Cerrado é o segundo maior bioma do país e corresponde à vegetação de campos que ocupa o território central do Brasil, como Goiás, Tocantins e grande parte de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí. É a savana com a segunda maior biodiversidade do planeta e preserva características como clima seco, predomínio do latossolo, vegetação de campos, árvores com troncos tortos devido a presença de alumínio no solo, a maioria dos rios com pouca ou sem mata ciliar; Fauna típica com alguns animais endêmicos como o lobo guará, tamanduás bandeira, emas, etc. Ocupando 23% do território brasileiro abriga as nascentes de afluentes e tributários dos três maiores rios da América do Sul: Amazonas, Paraguai e São Francisco. Ultimamente esse bioma tem sido vítima da expansão agrícola e vem sendo ocupado por pastagens, fazendas de soja, outras culturas e até mesmo expansão urbana, pois a falta de vegetação mais densa facilita e estimula sua ocupação, assim é hoje um dos biomas mais ameaçados do Brasil.


VEGETAÇÃO DE CAATINGA

Essa vegetação típica do sertão, que ocupa cerca de 60% do território nordestino, caracteriza-se por possuir maioria da sua vegetação espinhenta (estépica) de clima semi-árido que se forma em uma zona de depressão entre o agreste nordestino e a Bacia do rio Parnaíba; Na vegetação destacam-se o mandacaru, xiquexique, marmeleiro, araticum, catingueira, juazeiro, juremas e outras mais de mil espécies catalogadas, sendo algumas endêmicas. A fauna é composta principalmente por répteis, aves e anfíbios. O solo é em torno de 50% sedimentar arenoso (que não consegue reter as águas da chuva quando caem) e a outra metade é litólica (rochosa) de origem variada. Cerca de 28 milhões de pessoas vivem nessa região dividindo-a em grande número de propriedades rurais, assim, a preservação desse bioma depende da vontade da própria população, já que 1/3 da energia vem da lenha, e boa parte, vive em situação precária agravada pelo regime das secas. Entre os projetos direcionados para a região (políticas públicas) inclui-se o manejo florestal sustentável, a transposição de águas do rio São Francisco, artesanatos com vegetação da floresta e doces, mostrando a potencialidade alternativa desse bioma e a criatividade da sua população.






















Fonte: Domínios Morfoclimáticos: Naziz AB'Saber


SAVANAS










São áreas com predomínio de vegetação de campos (gramíneas), com árvores escassas, rios com mata ciliar pouco evidente, normalmente ocorrente na zona tropical, é conhecida no mundo como grassland e uma de suas características principais é a alternância de estações secas chuvosas.


O HOMEM E AS SAVANAS - PRESSUPOSTOS

1. PRIMEIRAS TRIBOS
De acordo com pesquisas da Hypescience, artigo original em: 
http://hypescience.com/desenvolvimento-de-savanas-esta-relacionado-com-a-evolucao-dos-hominideos/
As savanas africanas – e não as florestas – podem ter sido o berço da evolução humana. Esse ecossistema pode ter abrigado nossos antepassados em momentos cruciais da evolução. A linhagem humana se originou cerca de 2,5 milhões de anos atrás, coincidindo com a expansão das savanas (pradarias com árvores) em toda a África Oriental. Pesquisadores afirmam que essas savanas foram fundamentais para nossa evolução, pois a posição ereta foi possível pela substituição das florestas tropicais pelos espaços abertos das savanas. Assim, as mãos ficaram livres para o uso de ferramentas. Um novo estudo com isótopos de carbono de solos antigos demonstrou que, aparentemente, a gramínea e as árvores espalhadas da savana prevaleceram pelos últimos 6 mil anos no leste africano, onde alguns dos mais antigos fósseis humanos foram encontrados. Onde quer que encontremos ancestrais humanos, encontramos evidências de habitats abertos, semelhantes aos cerrados – muito mais semelhantes com savanas do que com florestas. Ao que tudo indica, até mesmo os nossos ancestrais australopitecos, típicos moradores de florestas, tinham parte da dieta com gramínias e plantas relacionadas com a savana, pelo menos nas épocas de calor. Antes das descobertas da nova pesquisa, muitos cientistas acreditavam que as savanas tinham surgido depois, cerca de 2 milhões de anos atrás. O estudo sugere que o desenvolvimento do bipedismo, 4 milhões de anos atrás, é extremamente relacionado com as savanas. Os ancestrais humanos possivelmente preferiram as florestas inicialmente porque elas forneciam comida, abrigo e sombra. O que poderia ter, em seguida, promovido a evolução dos hominídeos – as espécies da linhagem humana que vieram depois dos chimpanzés – foram os diversos novos recursos disponíveis em savanas e em suas proximidades.

2. OUTRAS TEORIAS
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2012/fevereiro/acao-humana-interferiu-na-formacao-de-savanas-ha-4#ixzz1vSNkPIkz 
Nada de Revolução Industrial. A interferência do homem no clima e bioma terrestre pode ter começado há 4 mil anos. Uma pesquisa francesa publicada no site da revista Science concluiu que o surgimento das savanas na África, entre 3.500 e 4.000 anos atrás, coincidiu com o início da exploração da agricultura no local. Durante anos, os cientistas explicaram a transição de florestas tropicais para savanas apenas como uma consequência das mudanças climáticas que o planeta sofreu. No entanto, a análise de sedimentos no fundo do Rio Congo, um dos maiores do continente, revelou que a região passou por mudanças climáticas abruptas na mesma época em que fazendeiros bantus chegaram ao local, após deixar a área onde hoje se encontra Camarões e Nigéria. No vale do rio Congo, o desmatamento, a segunda causa global de liberação de gases que causam o efeito estufa na atmosfera, foi iniciado pelo povo Bantu, uma das mais antigas etnias africanas. Eles devastaram áreas de florestas tropicais para plantar palmeiras, milheto e inhame, culturas que necessitam muita luz do sol. As análises do leito do rio mostram que houve um aumento significativo no depósito de sedimentos na época do advento da agricultura no local. Os bantus também cortaram árvores para a produção de carvão vegetal, com o qual se mantinham aquecidos, cozinhavam e produziam armas e outros artigos de metal. Os resultados sugerem que a intensificação do uso da terra pelos humanos teve um impacto significante na floresta tropical já naquela época. Segundo os pesquisadores, o grupo teria acelerado o processo de erosão na área ao derrubar árvores para criar terra arável e para as fundições. Assim, o clima na África Central transitou de quente e úmido, como o da Amazônia brasileira, para sazonal, com uma estação seca e outra chuvosa. Ao longo do rio Congo, a floresta tropical sobreviveu, mas savanas e desertos se formaram nas proximidades e comprometeram vários de seus afluentes. Atualmente, as florestas que sobraram no centro da África continuam ameaçadas pela ação do homem, por meio da agricultura e da mineração, além do avanço dos desertos.

REGIÕES POLARES





Vegetação, biomas, domínios morfoclimáticos são algumas diferentes abordagens para se estudar as características físicas do espaço geográfico. O Termo Bioma é menos utilizado na geografia e está associado diretamente ao tipo de vegetação da região. Considerando a ação do homem sobre a paisagem e suas interações chamamos então de Geossistemas. 
POLARES Assim designados por se situarem em latitudes extremas próximas aos polos. Essas regiões geográficas passam a maior parte do ano sob a neve e não são bem caracterizadas por sua flora (conforme exige o conceito de bioma), mas diversos pesquisadores e animais fazem parte de seu espaço geográfico e determinam seu domínio morfoclimático, nesse caso, a vida é mais diversa no mar do que sobre o gelo. Assim é considerado muitas vezes apenas como ecossistema marinho (sem formar um bioma), ocorrendo a presença de animais como ursos (no Norte), orças, focas, belugas, krills, pingüins (no Sul) e ainda uma grande quantidade de algas sendo estudadas. Há diversos núcleos de pesquisas sobre a Antártica, de vários países, estudando a vida marinha e potencialidades para exploração futura do continente. O Brasil tem sua base antártica (Comandante Ferraz) na Ilha do Rei George.

PAISAGENS TROPICAIS


Aqui não se trata apenas de florestas, mas da flora que se encontra na região entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. As áreas tropicais são as mais ricas em biodiversidades onde é possível constatar inclusive a presença de tundra e taiga nas regiões montanhosas. Nessas áreas podem ser encontradas florestas tropicais e vegetações específicas de espaços geográficos diferenciados como savanas, pradarias, pantanais, caatinga, mangues entre outros, sendo algumas delas endêmicas da região. Genericamente classificamos as florestas aqui localizadas como FLORESTAS TROPICAIS CHUVOSAS, e em regiões específicas essas se diferenciam em florestas equatoriais, densas, semideciduais, ombrófilas, ombrófilas mistas, mediterrâneas e outras. Na Geografia chamamos a atenção ainda para a importância das relações (geossistêmicas) entre os elementos geográficos na composição da paisagem, ou seja, a ação do clima, solo, latitude, fauna, antrópica, etc, dando origem aos DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS (ver Ab’Sáber). AGORA PESQUISE: Quais são as principais florestas tropicas do Brasil? Quais são as vegetações semelhantes às savanas africanas no Brasil? como elas são? existem desertos no Brasil?

FLORESTA TEMPERADA


Resultado de imagem para TEMPERATE RAIN FOREST DRONE VIEW



Ocorre principalmente no hemisfério norte (Europa e parte da China, Japão e Estados Unidos) entre os trópicos e os círculos polares. Também chamadas localmente de ‘Temperate Deciduous Forest’ (Temperada decidual) e 'Temperate rain Forest' (Temperada chuvosa), ambas, com grande biodiversidade de vegetação, já não existe em muitas regiões da Europa onde era parte da paisagem nativa. Possuem árvores com folhas apresentando grande variação de cores na primavera e verão, caindo no outono e inverno (período das neves) enriquecendo o solo. Destacam-se as nogueiras, álamos, salgueiros, carvalhos e coníferas. Foi o mais devastado de todos os biomas devido ao processo histórico da formação e ocupação do continente europeu e norte americano. A fauna se resume a pequenos animais, sendo que os comestíveis e que ofereciam risco ao homem foram quase extintos restando apenas aves e pequenos mamíferos como esquilos, raposas, lebres, e outros  pequenos predadores, etc. No hemisfério Sul essa floresta se limita à algumas regiões 
da Argentina e sul do continente Africano. 
PESQUISA ON-LINE: O que são maquis e garrigues? onde ocorrem? Existem florestas temperadas no hemisfério sul? Como o alto potencial industrial da Europa, China, Estados Unidos e Japão tem influenciado a paisagem desses países? Quais florestas no Brasil mais se assemelham aos maquis e garrigues europeus?

VEGETAÇÃO DE CLIMA FRIO












TUNDRA, Passa maior parte do ano sob a neve, que se descongela (alguns locais) apenas em parte do verão, e é nesse período que as plantas se desenvolvem, no restante do ano são caules e raízes subterrâneas aguardando o descongelamento do solo (é permafrost quando não descongela), mas não há tempo para desenvolvimento de vegetação de grande porte uma vez que a neve volta a cobrir o solo ao final do verão por todo restante do ano. Esse nome (tundra) tem origem nativa significando ‘floresta sem árvores’. Ocorre no Canadá, Alaska, Chile, Rússia (Sibéria) onde se explora o ouro, diamante, carvão e gás natural, e é pouco comum no hemisfério austral podendo ocorrer nas altitudes andinas.

TAIGA, vegetação semelhante à tundra, mas como já tem seu solo descoberto em torno de metade do ano (seis meses) já é possível que árvores de espécies resistentes ao frio se estabeleçam, como é o caso das coníferas. Também conhecida como FLORESTA BOREAL não tem uma fauna endêmica, pois animais migram de uma região para outra em busca de alimentos fugindo do frio excessivo. Mas já surgem ursos pardos, raposas, lebres e até tigres (Sibéria), e animais de maior porte como alces, renas e caribus, são vistos com mais frequência. Nesse espaço geográfico é explorado o carvão, petróleo, bauxita (alumínio). A densidade geográfica é baixa (Rússia e Canadá) devido ao clima hostil. Na Rússia a população está em declínio.

terça-feira, 9 de abril de 2019

DIVAGAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS

Algumas idéias apresentadas na primeira parte do livro de
Roberto Lobato Corrêa “Região e organização espacial”.

O PENSAMENTO CIENTÍFICO DO SÉCULO XIX
A gênese da geografia moderna necessitou de uma série de condições históricas para poder objetivar-se, e as condições para esta “gestação” foram geradas no longo processo de transição do feudalismo para o capitalismo. O pressuposto mais fundamental da geografia moderna era o conhecimento efetivo de todo o planeta, isto é, que o “mundo conhecido” atingisse a total extensão do planeta. Idéias de cunho positivistas despertaram a preocupação com o controle sobre os recursos naturais, dos países comprometidos com o colonialismo, e levou sociedades geográficas a patrocinarem expedições a procura de novos recursos susceptíveis a exploração. Surgem grandes cientistas tal como Charles Darwin que sua obra origem das espécies fez com que o Racionalismo substituísse o Finalismo, e, influenciou Haeckel a estudar e a definir a ecologia, levando o Evolucionismo ao Organicismo e a crença no progresso contínuo dos homens (positivismo, anarquismo). Com isso fez-se surgir a idéia de que a seleção natural de Darwin justificasse a dominação dos estados mais fortes sobre os mais fracos. O capitalismo leva os países a uma grande desigualdade social, surgindo então pensamentos utópicos tentando definir uma sociedade mais justa porém sem mostrar como atingi-la. Surgem então Marx e Engels que explicam a dinâmica social de forma totalizadora e introduzem, entre outras coisas, que a natureza não se refaz de forma igual após ser explorada, apresentando novas características em relação à primitiva. Suas idéias são contestáveis porém já que eram homens de ação política e comprometidos com as estruturas econômicas e de poder de seu país.




Organizada e estruturada em função das obras de Alexandre von Humboldt (vertente física) e de Carl Ritter (vertente humana), desabrochando na Alemanha e na França, pouco a pouco a Geografia foi-se difundindo para os demais países. As contribuições e as idéias apresentadas pelos geógrafos alemães e franceses tiveram grande influência no desenvolvimento dessa ciência na primeira metade do Século XX. Se na França os trabalhos básicos foram apresentados por Paul Vidal de Lablache, na Alemanha os trabalhos mais significativos são os de Alfred Hettner; que considerava como objetivo fundamental da Geografia o estudo da diferenciação regional da superfície terrestre. Esta definição foi acatada e elaborada de modo minucioso por Hartshorne, em 1939, em sua obra The Nature of Geography. Outra definição referia-se à análise das influências e interações entre o homem e o meio, que se expressou de modo claro na proposição de Albert Demangeon, em 1942: "é o estudo dos grupos humanos nas suas relações com o meio geográfico". Muito mencionada também é a definição elaborada por Emmanuel de Martonne, em sua obra Traité de Géographie Physique, cuja primeira edição surgiu em 1909 e a última em 1951. De Martonne ponderou que a "geografia moderna encara a distribuição à superfície do globo dos fenômenos físicos, biológicos e humanos, as causas dessa distribuição e as relações locais desses fenômenos". Embora houvesse consenso de que a superfície terrestre era o domínio específico do trabalho geográfico, essas definições e a prática da pesquisa geográfica conservavam contradições entre diferentes escolas geográficas. 


AS CORRENTES DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
Entre as correntes ou paradigmas mais evidentes do pensamento geográfico temos: o determinismo ambiental, o possibilismo, o método regional, a nova geografia e a geografia crítica, de onde se adota uma combinação de duas ou três das abordagens acima referidas para fundamentação de diferentes métodos de apreensão da realidade. Paralelo a tudo isso a geografia busca suas próprias raízes o entendimento da diferenciação de lugares, regiões países e continentes. Os conceitos de região e organização espacial estão vinculados ao conceito básico da geografia.

O DETERMINISMO AMBIENTAL
Fundamento a tese do determinismo ambiental - onde se estabelece que o meio exerce forte influência na determinação da evolução das características genéticas do homem - Lamark e Darwin desenvolveram suas teorias evolucionistas que influenciaram as ciências sociais da época. Ratzel foi um dos grandes pregadores do determinismo impulsionado pela necessidade da Alemanha justificar guerras de conquistas no século XIX. O termo região natural foi muito citado durante o determinismo e não se trata de divisões meramente climáticas ou políticas, mas sim de algo muito mais abrangente envolvendo fronteiras de ecossistemas, bacias hidrográficas e outros elementos integrados e inter relacionados. Na região, portando seria o melhor lugar para se estudar a relação homem natureza, formando uma concepção ambientalista. Aqui, em uma das instâncias, Hebertson, vê o clima como fator determinante sobre o Homem para justificar, ainda, formação de colônias, através de estudo de história da mesma raça em diferentes regiões climáticas.Esta conotação é mais branda que o determinismo puro e apenas busca justificativas tentando citar exemplos como os povos das florestas equatoriais, esquimós na Sibéria e tribos de índios diversas. Como outros exemplos de região natural, podemos citar no Brasil: norte, nordeste, leste, sul e centro-oeste; divididas ainda em zonas fisiográficas, caracterizadas por elementos de ordem humana e locais. 

O POSSIBILISMO
Surge na França em oposição ao determinismo alemão no início do séc. XX tendo como alguns de seu papel demarcar o expansionismo germânico, abolir qualquer forma de determinação da natureza sobre o homem e, também, enfatizar a fixidez das obras do homem. Temos em Vital de La Blache o principal articulador do possibilismo, aqui, a natureza foi colocada como fornecedora de possibilidades para que o homem a modificasse transformando o homem no principal agente geográfico e deixa claro que a região é o real objeto de estudo, enaltecendo também os conceito de paisagem. Aqui o objeto de estudo é claramente a região humana e não as regiões naturais, e qualquer região, uma vez delimitada pelo homem, seja qual o for o critério, é considerada como sendo região geográfica. O possibilismo acredita que o homem cria uma paisagem cultural e um gênero de vida, sendo portando região e paisagem conceitos equivalentes. As regiões podem ser determinadas até mesmo por paralelos imaginários, supondo portanto uma evolução dentro de um estágio de equilíbrio(espaço redefinível ), ao contrário do que propunha Vidal de La Blache.
                     
       







                    

CONFERÊNCIA CIDADES VERDES - DEBATE

ATIVIDADES PARA SALA DE AULA





Após assistir ao vídeo acima, pesquise e responda as questões abaixo:

1. Por que a cada dia ocorrem mais acidentes de trânsito? 2. O que é conurbação, cite exemplos. 3. O que é uma metrópole? 4. O que são Megacidades e como se formam? 5. Como se formam as favelas e o diz o Código florestal sobre tal forma de ocupação? 6. Quais as consequências do processo de favelização das grandes cidades? 7. Qual a proporção da população urbana e rural nas principais cidades brasileiras? 8. Quais cidades compõe a Região Metropolitana de Curitiba? Quais soluções você propõe para melhorar o trânsito nas grandes cidades?

OFICINA DE POLIEDROS

CONSTRUA MAPAS POLIÉDRICOS


fonte: www.progonos.com/furuti/

ESCOLHA - AMPLIE - IMPRIMA - PINTE - RECORTE - COLE











AS ERAS GEOLÓGICAS



Para explicar a evolução da vida no planeta Terra cientistas recorrem à pesquisas e escavações que demonstram e evidenciam como tudo aconteceu. Com o aperfeiçoamento de técnicas que auxiliam a calcular a idade das rochas e minerais utilizando radioatividade é possível saber a idade de uma rocha ou composto orgânico com grande precisão. Assim, a história da vida na Terra foi organizada em ERAS GEOLÓGICAS. De acordo com a entidade responsável pela definição e classificação das eras geológicas, a ICS (Comissão Internacional de Estratigrafia), o hadeano, arqueano, proterozóico e o fanerozóico são EON’s. Enquanto o paleozóico, mesozóico e cenozóico são ERAS. Essa eras se subdividem em PERÍODOS, que ainda se subdividem em ÉPOCAS. Assim o período quaternário se subdivide em pleistoceno e holoceno (que corresponde à ÉPOCA atual). Portanto, a história da Terra divide-se em vários blocos de tempos que correspondem às principais fases de seu desenvolvimento. Na passagem do eon proterozóico para a era paleozóica ocorreu uma súbita expansão e diversificação dos animais. O marco divisor entre a era paleozóica e a era mesozóica representa a extinção de muitos grupos de animais e vegetais, e a formação do supercontinente Pangeia.





A transição da era mesozóica para a cenozóica caracteriza-se pelo desaparecimento de grandes répteis e de vários animais marinhos. O homem está sobre o planeta a menos de 1% do tempo de sua existência. Para alguns autores, o hadeano não é um eon verdadeiro, e consideram o arqueano e o proterozóico como subdivisões de um eon chamado Pré-cambriano, mas esse termo caiu em desuso e hoje serve apenas para designar os acontecimentos anteriores ao cambriano. Se toda a história do planeta pudesse ser reduzida a um ano do nosso calendário, os Dinossauros teriam vivido dos dias 12 a 26 de Dezembro; o primeiro ancestral do homem teria surgido na terra no dia 31 de dezembro às 19h, e Pedro Álvares Cabral teria descoberto o Brasil faltando apenas 3 segundos para o final do ano.
Para refletir: Quando surgiram os primeiros seres vivos? como eles eram? como é possível comprovar? O que demonstra que o Brasil e a África faziam parte de um mesmo continente no passado? 

AS ERAS GEOLÓGICAS - VIAGEM NO TEMPO 


O DISCURSO DA VITÓRIA


(Dicas para viver sem medo)

Reassuma o controle. Apodere-se;
Se algo deu errado tente entender “a mensagem”;
Atualize suas percepções. Reinvente-se;
Desconfie mais de tudo e de todos;
Invista mais em segurança e menos em inutilidades;
Viva com o mínimo de luxúria e ostentações;
Reclame menos e apresente mais soluções;
Lembre-se que as pessoas do bem são a maioria;
Aceite ajuda, e ajude mais o próximo;
Aproxime-se das pessoas que te fazem bem;
As possibilidades são melhores pra quem busca o bem;
Ore pelos que te atormentam,
Pelos que vivem sem paz, sem luz, sem esperança;
Estabeleça metas. Cobre-se;
Perdoe, perdoe-se;
Não Rotule ninguém;
Desperte sua consciência, sua espiritualidade,
Seu discernimento sobre a vida,
Sobre o bem e o mal, o certo e o errado;
Participe de cursos, grupos de amigos, pratique esportes,  
Não se isole, voluntarie-se;
Leia mais sobre as coisas que você já entende bem;
Agradeça por tudo o que você tem e é;
Você está muito acima dos fatos que lhe entristecem;
Viva sem medo... de nada;
E acima de tudo, priorize ser feliz.
                                                       
                                                        Raul Alfredo Schier

ATIVIDADES COM CARTOGRAFIA


COORDENADAS GEOGRÁFICAS:
O endereço exato de um ponto na superfície da Terra é chamado de coordenada geográfica. Essa coordenada (no plano) é dada por duas medidas. Uma dela é a distância do ponto até a Linha do Equador (que é medida em ângulo com vértice no centro da terra) e a outra é a distância do ponto até a o Meridiano central (também medida em ângulo). Uma vez que conseguimos calcular essas distâncias, temos então a COORDENADA GEOGRÁFICA do ponto e dizemos que temos a Latitude (distância até a linha do equador) e a Longitude (distância até o meridiano central) do ponto. Em alguns sistemas complexos consideramos ainda a altitude do ponto. Assim consideramos então que as duas principais linhas imaginárias da Terra são a LINHA DO EQUADOR e o MERIDIANO DE GREENWICH (Meridiano Central). Todas as linhas traçadas paralelas à linha do equador (que na verdade é um círculo) chamamos de PARALELO, e toda linha traça entre os pólos, formando determinado ângulo com o Meridiano central são chamadas de MERIDIANO. Para melhor representar a Terra em um plano temos ainda outras importantes linhas imaginárias que são o Trópico de Câncer, (que representa o movimento aparente do Sol no Hemisfério Norte durante o seu solstício de verão) e o Trópico de Capricórnio, que representa o movimento aparente do Sol no Hemisfério Sul durante o solstício de verão nesse hemisfério; e temos ainda os círculos polares traçados próximos de 66º Norte (Ártico) e Sul (Antártico).

CARTOGRAFIA E ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA
Instrumentos de orientação geográfica:
AS FORMAS DO PLANETA TERRA E O GEÓIDE








Os nomes Câncer e Capricórnio são referentes ao alinhamento da Terra, do Sol e dessas constelações durantes os respectivos solstícios. Se não entendeu, peça uma demonstração para o seu professor! 
PESQUISA ON-LINE: O que é um eclipse? Quando pode ocorrer? Por que as estações do ano são opostas nos hemisférios Norte e Sul? Qual é o grau de inclinação da Terra? Por que a terra é inclinada? O que isso afeta? O que aconteceria com a terra se a Lua não existisse?


PROPOSTA PEDAGÓGICA USANDO IMAGENS DE SATÉLITE:


O PLANISFÉRIO:

















ATIVIDADE COM MAPAS (PROPOSTAS)


GEOGRAFIA DO PARANÁ - ELABORANDO UM MAPA TRIDIMENSIONAL

Clique sobre o mapa para ampliar a imagem

1) Imprima duas cópias do mapa; 
2) Recorte um dos mapas sobre linha do relevo (contornando os planaltos);
3) Cole a base do mapa recortado sobre o mapa base (sessão de atividades);
4) Dobre em 90 graus o mapa recortado (sobre a linha base dos compartimentos);
5) Enumere as repostas corretas.

A POPULAÇÃO MUNDIAL E O ESPAÇO GEOGRÁFICO



Assista ao vídeo e pesquise algumas questões sobre a população mundial:
1) Onde colocar tanta gente? Quando a população do mundo vai parar de crescer? Em quais países a população cresce menos e em quais cresce mais? O que diferencia esses países? Quais são os problemas de um país quando o crescimento da população é negativo?  Qual é a população atual do planeta? Quantas pessoas o planeta suporta vivendo em condições dignas? Por quais motivos a população cresce mais nas classes mais baixas e nos países pobres? Quais foram os maiores movimentos migratórios do século XXI?

sábado, 6 de abril de 2019

A CRÔNICA DE UM QUASE FOTÓGRAFO


Por quê não quero ser um fotógrafo!?
(Crônica)
Nesse pouco tempo tirando fotos, por puro Hobby, aprendi algumas coisas sobre esse mundo da fotografia. Você precisa ter uma máquina boa, uma lente boa, usando técnicas boas. Nem tente me convencer que só preciso ter talento e qualquer equipamento. Pra mim não funcionou. São inúmeros termos técnicos, o plongée, flare, fotometria, superexposição, regra dos terços, golden não sei o quê e tantos outros. E os três pilares da fotografia? Tem que dominar, ou não vai sair foto boa. E o tal do ISO. Ahhh! Hoje se tiver que usar um ISO maior que 800 nem aperto o botão, sai tudo granulado, tem gente que gosta. O fotógrafo tem que dominar técnicas com o flash. Eu nem penso em comprar um. Mas não basta. Percebi nas minhas fotos que é preciso um tripé, ou corro o risco das fotos saírem meio tremidas, salvo aquelas que ficam boas e selecionamos, entre dez outras que deletamos, e postamos no Instagram para pensarem que tudo é magia quando acionamos o botão da nossa DSLR. Pra cada tipo de foto, uma lente diferente. Se não tem paciência, use o celular, a maioria das pessoas nem vai saber a diferença, pois os detalhes hoje são para pessoas sensíveis e requintadas, de percepção diferenciada das coisas. Também fiquei sabendo que essas fotos legais não saem da máquina assim, tem o tal do tratamento e pós-edição. Pra ser fotógrafo, tem que ser artista, diretor, editor de ensaios, produtor, empreendedor ou não vai se destacar. Outra coisa que não é fácil é acertar a configuração e zerar o tal do fotômetro. Às vezes você tira uma foto desfocada legal e a pessoa retratada reclama que a paisagem atrás saiu “toda tremida”. Quase sempre uma boa foto só reconhece quem sabe tirar. E esses caras que fazem vídeos no YouTube? Eles se odeiam, mas se respeitam. Se algum falar mal do outro, nem me inscrevo no canal dele. Quase tudo que aprendi sobre fotografia foi com eles. Parece que ninguém é fotógrafo, são produtores de imagens. A um ano nem sonhava em pagar para ter acesso a aplicativo de edição. Detalhe obrigatório para o fotógrafo. Certa vez uma moça muito bonita, que me achou num desses grupos de fotografia, perguntou se “rolava umas fotos para um book”, se podia pagar de outro jeito. Nossa!!, pensei muito pra não me arrepender do que iria fazer ou falar (Ou propor!!). Enfim, aceitei o convite, combinei uma tarde de sábado, tirei as fotos e pronto. No fim disse “amanhã te envio as fotos”, e ela “Só isso?”, eu “sim, só isso”. Juro que fiquei muito orgulhoso de mim (Se bem que rolou um certo sentimento de confusão aqui comigo, mas superei, Ufa!). Achei que ela ficaria decepcionada e nem iria ver as fotos, mas no meio da semana vi que ela mudou a foto de capa e do perfil do facebook, depois colocou quase todo restante no Instagram.  Vi uma amiga dela perguntando “Quem tirou essas fotos?”. Ali seria o início do meu reconhecimento como fotógrafo que nem sou. Mas ela respondeu “Fui num estúdio e contratei um fotógrafo, mas nem se anime que você não tem dinheiro pra pagar essas coisas”. Mais uma vez... fiquei orgulhoso.

Raul Alfredo Schier

DIVAGAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS

Algumas idéias apresentadas na primeira parte do livro de Roberto Lobato Corrêa “Região e organização espacial”. O PENSAMENTO CIENTÍFICO...